
Esta atividade é um resumo das postagens das colegas no fórum com embasamento nos textos
trabalhados até o momento, unidades 1, 2 e 3.
Apesar de ter postado no fórum, minha participação semanal não foi suficiente.
O fórum está recheado de colocações das colegas, tanto pessoal quanto profissional.
Vou iniciar com um resumo do texto em que relata a história da educação especial que é dividida em 4 estágios. Na era pré-cristã os deficientes eram abandonados, perseguidos e eliminados. No estágio seguinte, entre o século XVIII e XIX, esses indivíduos eram isolados e protegidos em instituições residenciais, ou seja, negados como seres humanos. Já no final do século XIX e meados do século XX, o deficiente entra em escolas públicas especiais ou classes especiais, é uma educação à parte. No final do século XX, por volta da década 70, acontece o movimento de inclusão que ao mesmo tempo é de exclusão. Essas etapas da história da Educação Especial, foram identificadas nos países europeus, não se aplicam ao Brasil, que negligenciou esta fase de educação específica até meados dos anos 50.
Só com a Constituição de 1988 é que todos passaram a ter direito a educação, inclusive pessoas com necessidades especiais.
Com relação a essas negligências, vejo que não mudou muito, pois pelo relato das colegas e a minha opinião neste fórum cito as seguintes questões: há muita angústia com relação à falta de apoio dos órgãos competentes; dificuldade em sala de aula para trabalhar com alunos especiais pela falta de materiais; falta de preparo de pessoal para atender, principalmente os que demonstram agressividade; dificuldade em atender um aluno com necessidades especiais juntamente com 30 ou mais outros alunos na mesma sala de aula; professores nunca opinaram quanto à lei de inclusão; despreparo ambiental nas ruas e escolas, sem rampas; não aceitação da família quanto às dificuldades da criança; falta de pessoal nas escolas, capacitados a um atendimento específico, salas de integração e recursos (SIR), existentes na rede municipal de educação não atendem a grande demanda e tornam-se precários, pois os diagnósticos são em longo prazo, defasando assim a evolução da criança; angústia das colegas ao ter a inclusão em sua sala e não se sentir preparada para trabalhar com este aluno; a inclusão como meio de exclusão, este é o fato mais preocupante devido a todas as dificuldades encontradas.
Apesar de minhas poucas postagens neste fórum, compartilho as angústias e preocupações das colegas quanto à inclusão de alunos com necessidades especiais nas escolas, pela falta dos recursos já citados, a Lei da Inclusão é bem feita em suas normas, mas infelizmente ainda não podemos contemplar de sua aplicação correta. As escolas consideradas normais estão se tornando espaços de preocupação para os professores que recebem estes alunos e que não se encontram adaptadas para tal situação. O que constantemente encontramos é professores com a maior boa vontade e garra em não excluir este aluno, apesar de muitas vezes nem bem saber o que fazer e como proceder com suas limitações, abraçando muitas vezes da melhor maneira possível.
O “Decreto 6571, Art. 1º: A União prestará apoio técnico e financeiro aos sistemas públicos de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na forma deste Decreto, com a finalidade de ampliar a oferta do atendimento educacional especializado aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, matriculados na rede pública de ensino regular”. Este decreto é bem elaborado e deixa claro que as instituições receberão toda a infra-estrutura necessária, e onde estão?
Há tantas dificuldades em atender de maneira adequada alunos com necessidades especiais em nossas escolas hoje e até fora deste ambiente, mas a maior preocupação é quanto à formação de pessoal para este atendimento. É sugerida uma fundamentação teórica aliada à prática, e uma formação continuada, de maneira a qualificar este profissional para que assim ele possa realizar formas de interação e estimulação adequada aos alunos especiais.
Na LDB, Art. 59- Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais:
III – professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns.
Questiono-me onde estão estes profissionais? Por que então colocam estes alunos em classes com professores que se angustiam sem saber o que fazer e como proceder com esta criança? Qual a instituição que forma esta qualificação específica?
Eu particularmente não me sinto preparada com apenas um semestre teórico, creio que há muito a aprender sobre as questões envolvendo a educação de pessoas com necessidades especiais, é todo um trabalho diferenciado para que este indivíduo possa realmente ser inserido ao meio considerado normal pela maioria. Um indivíduo especial é aquele que por alguma espécie de limitação, requer certas modificações ou adaptações, seja em um programa educacional ou ambiental. Há diversos tipos de limitações, seja física, psicológica, motora e até condições ambientais desfavoráveis.
Todos os seres humanos são dotados de individualidades, mas os especiais apresentam-nas de forma limitada, e é através de um trabalho especializado e diversificado que vamos desenvolver de forma especial estas habilidades, considerando para isso, as necessidades e fraquezas de cada um. Este trabalho com estas pessoas visa desenvolver as oportunidades para que cada um venha a ser uma pessoa em toda a sua plenitude.
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